Risco e Perigo: qual a diferença?
Fatos que ocorreram em Brumadinhos, Mariana e, recentemente, as enchentes e alagamentos no Rio Grande do Sul nos remetem a pensar quando ouvimos em noticiários “risco de desabamento” ou “perigo para população local”. As duas palavras – risco e perigo tem o mesmo significado?
A língua portuguesa oferece algumas armadilhas para quem precisa de parâmetros precisos ao lidar com a gestão de risco quer nas empresas, quer em projetos ou em situações de calamidades públicas. Uma dessas questões é a definição de risco e perigo, que no senso comum e mesmo na busca de sinônimos em dicionário são palavras que podem ser usadas com o mesmo significado.
Entretanto, na gestão de risco temos que conseguir uma conceituação mais precisa.
Ao definir perigo, adotamos o conceito do GHS (Globally Harmonized System of Classification and Labeling of Chemicals) da ONU, por considerarmos que é capaz de abarcar diversas situações, mesmo as que não são vinculadas à produtos químicos.
“Fonte ou situação com potencial capaz de causar lesão ou doença, danos à propriedade, ao meio ambiente ou à combinação destes.”
Perigo neste conceito passa a ser um alerta – diante de determinado perigo, quais os riscos a que estou exposto nesta situação? “
“(…) risco é um resultado medido do efeito potencial do perigo” (Shinar, Gurion e Flascher,1991).”
Risco, a partir desse conceito, é a probabilidade de um evento acontecer, seja ele uma ameaça, quando negativo, ou oportunidade, quando positivo. É o resultado obtido pela efetividade do perigo.
O risco, então, passa a envolver uma combinação de probabilidade e consequências de ocorrer um evento perigoso especificado. Qual a chance desse evento ocorrer? E se ocorrer, qual as consequências que trará para a empresa ou para o projeto?
Em empresas ou em projetos encontramos perigos, desde em eventos operacionais quanto em situações gerenciais e que vão requerer que adotemos medidas para eliminar ou mitigar os riscos que oferecem.
O perigo existe em todas as situações de vida, quer seja o simples ato de atravessar uma rua ou investir em um projeto, o que fazemos sistematicamente ou intuitivamente é gerenciar o risco.
Diante dos riscos identificados frente aos perigos ao dirigir, podemos tanto avaliar a probabilidade de ocorrência, quanto a consequência destes, bem como estabelecer ações que possam evitar ou mitigar seus efeitos – a esse processo, quando estruturado, chamamos de gestão do risco. Quer conhecer mais sobre o assunto?
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