Por Msc. Aline Barranco, gestora de RCP Consultoria
Medir e Avaliar
Em 2018 publiquei um texto sobre medir e avaliar, ao rele-lo percebi que o assunto continua tão atual quanto a 5 anos atrás, por isso o trago novamente.
Durante um workshop sobre “Modelagem de Processo: BPM no Gerenciamento do Negócio”, realizado em Macaé, com apoio da Rede Petro-BC a discussão em torno da vinculação da gestão processos, à missão, à visão, ao valor e aos objetivos organizacionais marcou o evento, sendo o tema apontado pelos participantes como um dos mais relevantes.
No final da semana seguinte minha atenção voltou-se para o artigo do professor Newton Fleury, Sobre “A Tirania das Métricas”, publicado em:https://lnkd.in/d6qKm6RH, que fez com que eu retomasse a reflexão sobre a importância da medida associada à avaliação, ao julgamento das pessoas sobre os caminhos da empresa.
O artigo relativiza o uso da métrica na gestão, colocando como contraponto o juízo de valor do gestor: “métricas só serão boas e úteis se usadas como complemento, ao invés de substituto, do julgamento das pessoas e da experiência daqueles que detém o conhecimento dentro da organização sobre os fenômenos objeto da gestão.”
Ampliando essa discussão vamos a dois conceitos:
Medir: determinar uma extensão ou quantidade, comparando-a com uma grandeza definida.
Medir, então, é uma questão de quantificar. Neste sentido posso quantificar quase ou tudo na empresa, posso gerar uma série de informações a partir de dados disponíveis nos diversos sistemas ou gerados a partir de pesquisas.
Neste ponto as métricas são como Alice no seu encontro com o Gato Careteiro: “se você não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”. Aí eu diria: se não sabes o que procuras qualquer número é um número.
Avaliação vem do latim, e significa valor ou mérito ao objeto em pesquisa, junção do ato de medir ao de emitir um juízo de valor ao objeto mensurado.
A avaliação, é o julgamento do gestor sobre o quê e para quê medir, indicando para onde ir e como chegar.
Os processos de trabalho modelados, a partir da missão, visão e objetivos sustentam a capacidade de realização e os indicadores conectados a estratégia da empresa lhes darão significado, formando um círculo capaz de promover o desenvolvimento e melhoria organizacional.
Assim, os indicadores são métricas necessárias para indicar se estamos no caminho certo, quanto falta para chegarmos e se os nossos esforços apresentam o resultado esperado.
"Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia"
Entretanto, medir necessita de um juízo de valor, um direcionador, uma visão e uma estratégia para que ganhe significado, para que o processo seja, realmente, gerenciado.
Se você não está caminhando com esse alinhamento é tempo de repensar a gestão de processo do seu negócio e quem sabe pedir ajuda ao gato careteiro com mais precisão. Esse é o momento.
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